segunda-feira, 26 de maio de 2014

Comissão do Senado aprova fim da cobrança de Taxa de Marinha



A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (21), relatório de Ricardo Ferraço (PMDB) que acaba com as taxas para terrenos de Marinha. Agora, embora com data ainda a ser negociada com o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), a proposta de emenda constitucional (PEC) vai à votação no plenário da Casa. Se passar, será analisada por uma nova comissão na Câmara, aonde depois irá a plenário.

Medida com impacto direto nas cidades litorâneas como Vitória, a nova regra prevê que os terrenos de marinha só permanecerão como domínio da União se tiverem sido destinados para edificações de prédios públicos federais, para uso de prestadores de serviços públicos concedidos ou permitidos pela União, para adestramento das Forças Armadas, se forem de interesse público, ou se forem áreas de restinga, fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues.

Caso contrário, serão transferidos, conforme o caso, para o domínio dos Estados, dos municípios, dos foreiros, ocupantes ou cessionários. Dessa forma, a PEC estabelece não o fim dos terrenos de marinha, mas elimina as taxas cobradas pela União.

O relatório também prevê que a União continue a identificar e demarcar os terrenos de marinha e acrescidos pelo prazo de cinco anos. Essa responsabilidade passará aos municípios nos cinco anos seguintes. As áreas que não tiverem sido demarcadas nesse prazo serão consideradas como devolutas, para efeito de regularização fundiária pelos respectivos ocupantes.

Ferraço comemorou o avanço no processo e ressalta o benefício direto a 100 mil famílias no Espírito Santo, mas reconhece a necessidade de articulação na Câmara. “A legislação de marinha está caindo de podre. O governo federal só insiste nela para poder arrecadar”.

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