quinta-feira, 5 de junho de 2014

Homem é preso por apresentar atestado médico falso no trabalho

O vendedor Gabriel Cesar Batista Magalhães, 26 anos, foi preso dentro de um shopping de Vila Velha acusado de usar um atestado médico falso.

Para não ir ao trabalho, o jovem de classe média disse ao chefe que estava com sinusite, mas apresentou um atestado médico de um ortopedista. O nome e o registro médico usados na assinatura do atestado era de um médico-legista da Polícia Civil.

Segundo informações do delegado Danilo Bahiense, da Superitendência de Polícia Prisional (SPP), Gabriel Cesar enviou uma mensagem para o superior dele na loja de eletrônicos onde trabalha, em um shopping, dizendo que estava com sinusite.

Para justificar os dois dias que faltou no emprego, o vendedor apresentou um atestado, na terça-feira. Só que o documento estava assinado por um médico ortopedista, especialidade bem diferente da que cuidaria de uma sinusite.

O atestado médico estava com a logomarca de um hospital particular. O chefe de Gabriel desconfiou e ligou para o hospital, onde foi comunicado que o nome do médico que havia no atestado nunca trabalhou naquela unidade de saúde.

O lojista procurou a delegacia, onde foi constatado que o médico na verdade era médico-legista da Polícia Civil. O profissional afirmou para a polícia que não conhecia o vendedor, que nunca atendeu naquele hospital e que a assinatura do atestado não era dele.

“O médico também redigiu de próprio punho uma declaração informando que nunca produziu aquele atestado e sequer fez consultas ou atendimento no hospital apontado no local”, descreveu o delegado. Além disso, o nome do rapaz estava escrito de forma errada, de Cesar para Cezar.

Ao final do expediente de terça-feira na loja, Gabriel Cesar foi detido pelos policiais civis e conduzido para a delegacia. Ele trabalhava há um ano e quatro meses na loja. Na delegacia, o vendedor não quis falar com a imprensa. “Meu advogado já está me defendendo”, afirmou Gabriel Cesar.

O vendedor foi autuado em flagrante pelo crime de uso de documento falso. De acordo com informações do delegado, esse crime possui pena prevista em lei de dois a seis anos de detenção. “Muitas pessoas usam documentos falsos para se beneficiarem no trabalho, como neste acaso”, destacou Bahiense.

Gabriel tem dois boletins de ocorrência contra ele na polícia, um de 2009, por uso de drogas, e outro de 2013, por ameaçar a ex-namorada.

Exames vão apontar origem

O atestado médico apresentado pelo vendedor aos chefes foi encaminhado para exames de comparação grafotécnica com textos escritos por Gabriel, segundo o delegado Danilo Bahiense.

“Os resultados vão mostrar se foi o suspeito quem assinou o atestado. Se for comprovado que ele produziu o documento falso, também responderá por esse crime”, destacou o delegado. A polícia também verificará a origem do papel timbrado usado para fabricar o atestado médico. “Não era uma cópia, pois havia até mesmo a cola vermelha que anexa as folhas em bloco. Vamos descobrir como aquele papel foi retirado do hospital”, disse Bahiense.


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